sábado, 28 de março de 2009

O Concurso de Bigodes

de Joana Teixeira 6ºA Nº10

Nas suas saídas nocturnas habituais, António Macieira, mais conhecido como Toninho, passou pelo seu café preferido, que pertencia ao seu grande amigo Marinho.
Ao entrar no café, achou estranho a agitação e a animação, pois as risadas só começavam quando Toninho lá estava.
- Então meus camaradas? O que se passa para tanta animação?
- Nada, temos de ir andando, vemo-nos amanhã, Toninho. – e lá foram no meio de assobios e canções.
Toninho estranhou e decidiu ir atrás deles para saber o porquê da animação, mas quando saiu do café já não havia sinais de pessoas na rua. Mas Toninho não estava disposto a voltar para casa ouvir a mulher barafustar e os filhos a chorar, a berrar e a bater com a cabeça na parede. Refugiou-se então num pequeno terraço rodeado de árvores e iluminado por um semi-aceso poste de electricidade.
Passado algum tempo, Toninho, já farto de remoer no assunto, pegou, de um pequeno caixote do lixo, no jornal da região de Canudo: “o Canudiense” e reparou num pequeno anúncio colorido: “Concurso Regional de Bigodes, Prémio: Grande Kit de Bigodes. Não faltem. É já amanhã na Rua das Pereiras”.
Toninho arqueou as sobrancelhas e exclamou:
- Aqueles cobardes mentirosos esconderam-me um evento desta importância com medo de perder. Amanhã irão ver!
Voltando a casa muito excitado, Toninho só pensava no concurso. No entanto, o medo foi-se apoderando dele e então ele não resistiu e usou uns químicos para fazer crescer o bigode.
No dia seguinte o seu bigode estava enorme, sendo difícil arranjá-lo para ir ao concurso. Mas Toninho tinha de ir, tinha de ganhar. Então lá fez um penteado para o bigode impressionante e, em cima da hora, lá chegou ao concurso.
O concurso estava desorganizado e com pouco público mas os concorrentes eram bons, especialmente Toninho que foi louvado por todos e aclamado como justo vencedor.
Mas foi comprovado o uso de químicos num controlo anti-doping e o 1º prémio foi entregue a Manuelino, o maior rival de Toninho que se gabou até toda a gente se fartar. Toninho, muito irritado, teve de voltar para casa e ouvir a mulher barafustar e os filhos a chorar, a gritar e a bater com a cabeça contra a parede, sempre com esta ideia em mente:
- Eu teria ganho!

O clone de Analberta

de Helena Carvalho 6ºA Nº9

Depois da escola José vai ter com a sua mãe Analberta à fábrica onde ela trabalhava.
Demorou um pouco a chegar porque se enganou no caminho e teve que passar por um vale um pouco estreito, por uma colina, por um precipício, por uma montanha e por uma cascata. Finalmente chegou. Viu tudo tão atarefado que nem a mãe reparou nele, pois naquela fábrica faziam-se muitas coisas como: camisolas, calças, casacos, boinas, vestidos, meias e camisas de várias cores: amarelas, verdes, rosa, roxas, cor-de-laranja, pretas, azuis às bolinhas, amarelas às florzinhas e verde às risquinhas.
Ao ver a mãe tão atarefada, José decide tomar uma atitude: lembra-se de um filme que viu no dia 30 de Fevereiro, que falava sobre uma tal “Clone”. Decide então começar a operação “O Clone de Analberta”.
Logo ali pensa:
­­- Como estou numa fábrica de roupa arranjo manequins para o corpo do clone.
E assim encontrou peças de manequins e tentou montá-los. Pode dizer-se que não correu muito bem: tinha uma perna maior que outra e o cabelo meio comprido meio cortado. Decidiu então passar à fase nº2: “A Recolha de ADN”.
Foi à procura da sua mãe, que estava na conversa com Maria Alice, que também era um pouco preguiçosa como Analberta.
José tentou chamar a mãe, mas ela estava tão interessada na conversa que até parecia que estava surda e não ouvia o filho, só Maria Alice. Como vê que a mãe está muito distraída arranca-lhe um cabelo ruivo e ondulado, corta-lhe uma unha e coloca tudo num saquinho pequeno de plástico transparente. Pode dizer-se que a fase “A Recolha de ADN” estava concluída, mas lembra-se que como a mãe era muito preguiçosa e resmungona precisava de outro ADN, de uma pessoa trabalhadora e simpática. Olha à sua volta e... não vê ninguém trabalhador. Volta a olhar e... e... lembra-se então da sua avó Joanalberta que, por sinal era muito trabalhadora.
Pensa então:
- Vou a casa da avó Joanalberta!
Sai da fábrica sem ninguém reparar.
A casa da avó não era propriamente perto. Teve que passar por uma estrada um pouco vazia, pois não haviam casas por ali. Aquela estrada tinha enormes árvores cheias de musgo verde nos troncos, o que fazia com que a estrada parecesse infinita. Logo ali no final da estrada havia um pequeno monte, que era bastante movimentado, mas a maioria eram pessoas de terceira idade. Ao fundo, finalmente, a casa da avó Joanalberta.
Bateu à porta, bateu, bateu, mas nada. Então lembra-se que estava na hora da sesta da avó. Voltou a bater, desta vez com toda a força. A avó abre a porta e diz:
- Olá José! Que fazes aqui a esta hora? Não sabes que é a hora da minha sesta?
- Desculpa avó. – diz José enquanto pensava no que havia de dizer. – Não me esqueci aqui de nada em sua casa?
- Não. – respondeu a avó.
Então José muito depressa e sem a avó se aperceber pega num cabelo branco e comprido que estava no sofá e diz:
- Bem vou-me embora, avó. Já que agora sei que não me esqueci de nada.
E sai a correr.
Quando chegou à fábrica, foi a correr procurar peças para construir a máquina. Arranja várias peças e um grande caixote. À medida que encontrava as peças colocava-as no sítio adequado.
Já estava quase terminado, quando tudo vai abaixo: luzes, máquinas. Todos os trabalhadores tentam arranjar a electricidade enquanto Analberta berra com o filho e de repente vê um “monstro” debaixo de um caixote que tinha caído e assusta-se. José diz à mãe para ter calma pois aquilo era o seu clone que a ia ajudar...