sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sou uma pastilha elástica (4)

de Inês Pinto 7ºD Nº10

Sou uma pastilha elástica, mas também há quem me trate por chiclet, porque é mais fácil.
No dia 03-03-09, estava eu no chão da casa de banho com a minha avó, ou seja, ela estava a fazer as suas necessidades e eu a limpar-lhe as unhas dos pés que, cá para nós, cheiram mesmo mal! Tão mal que comecei a sentir-me anestesiada, perdi os sentidos e comecei a sonhar. Percebi logo que estava a sonhar porque fui deixando de sentir o cheiro e a ver uma camada de nevoeiro que aos poucos foi desaparecendo, à medida que se ia tornando mais nítida uma imagem de mim própria, ainda novita, quase da vossa idade. Nesse momento compraram-me e meteram-me na boca de um bêbado que tinha acabado de beber uma garrafa de vinho tinto que cheira pior do que o vinho branco. Ele mastigou-me até eu já não ter açúcar e meteu-me no frigorífico onde conheci a vitela e a manteiga, tudo fora de validade. Lá dentro (vocês nem vão acreditar) era moncos por todo o lado, até pingava em cima de nós, e para não falar das varejas que lá havia!
Passados dois ou três dias, ele foi-me lá buscar, cheia de moncos, e depois meteu-me açúcar amarelo com formigas, as quais já estavam na retrete da minha avó, pois reconheci-as de lá, e meteu-me na boca e mastigou-me até não sentir nada dentro da boca, engoliu-me e fui parar ao estômago. Aí reconheci a vitela que estava no frigorífico junto com a manteiga. Dali, fui para o intestino grosso, que era uma porcaria, era só vinho e, por fim, saí pelo… (bem, acho que não preciso de dizer por onde saí) e nem acreditam a que retrete fui parar… Foi à da minha avó! Estava na hora de lhe voltar a limpar as unhas dos pés.

1 comentário:

Anónimo disse...

adorei este texto acho-os a todos muitos interessantes



irene cruz 5ºg nº12